15 janeiro, 2013

Gorilla Glass e mais resistente a riscos


 Corning desenvolveu uma nova versão de seu vidro Gorilla Glass, usado em smartphones e tablets, que diz ser 40% mais resistente a riscos e começará a ser usado em aparelhos ainda neste ano. A empresa produz os vidros usados em aparelhos da Apple, Samsung e outros fabricantes. A geração anterior de seu produto, o Gorilla Glass 2, foi apresentada na CES 2012.
É praticamente impossível produzir um vidro completamente imune a riscos, mas o Gorilla Glass 2 pode resistir a três vezes mais força antes que desenvolva riscos profundos, ou “trincheiras”, que são visíveis a olho nu, diz David Velasquez, diretor de marketing do Gorilla Glass na Corning.
A resistência extra deve resultar em 40% menos riscos, segundo ele. E se o vidro rachar (o que pode acontecer), ele mantém mais de sua força que a geração anterior, o que reduz as chances dele estilhaçar em um segundo impacto. A Corning entregou as primeiras amostras do novo vidro aos fabricantes no final do ano passado, e irá iniciar a produção em larga escala nos próximos meses.
A maioria das pessoas pensa que chaves no bolso são o pior inimigo de uma tela, mas é mais provável que os riscos sejam causados por partículas de areia ou poeira quando o aparelho é colocado com a tela para baixo sobre uma mesa, disse Velasquez. Para evitar riscos ele aconselha o uso de um pano específico para limpeza da tela, e não pressioná-la com muita força durante o processo.
O vidro da Corning é fortalecido através de um processo químico chamado “troca de ions”, que cria uma camada exterior mais resistente sobre o substrato de vidro. Cada refinamento no processo gera melhorias, porém cada vez menores, no desempenho. Velasquez não diz quando a empresa pretende mudar para um processo de produção completamente diferente, mas frisa que o mapa futuro de produtos da empresa é “robusto”.
A Corning também descobriu como fazer vidro curvo, e espera que alguns fabricantes de smartphones e tablets anunciem aparelhos com telas curvas ainda neste ano. Não está claro quão útil isso será na prática, mas “é muito legal”, de acordo com Velasquez.
A empresa também fez uma parceria com a Atmel, que desenvolveu uma tecnologia de sensores de toque que são finos e flexíveis o suficiente para que possam ser sobrepostos às telas curvas. Isso significa que aparelhos poderão ter sensores de toque nas laterais, por exemplo, em vez de botões. A Atmel ganhou um prêmio CES Innovations Award pela tecnologia.
Ainda não está claro se as pessoas querem tablets curvos. Jim Turley, um analista da indústria e editor do Electronic Engineering Journal, diz que as telas podem ser um incômodo na hora de guardar o aparelho em uma bolsa.
Mas ao menos um fabricante aparentemente acredita que esta é uma boa idéia. Um grande fabricante de smartphones e tablets irá anunciar nesta segunda-feira, durante a CES, um aparelho que usa a tecnologia da Atmel. A informação vem de Sander Arts, vice-presidente de marketing da empresa, que não disse qual é o fabricante.
Tanto a Corning quanto a Atmel esperam ver mais telas sensíveis ao toque feitas de vidro em mais produtos no futuro, como consoles de automóveis e aparelhos como refrigeradores e máquinas de café. Telas de vidro tem uma aparência mais agradável e são mais fáceis de limpar do que teclas e botões, dizem as empresas.
“O toque está em todo lugar, e onde o toque vai, o vidro vai atrás”, disse Velasquez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário